sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Mergulhando de cabeça! - 1 Coríntios 12.14-15

Outro dia, lendo folheando o livro “O pequeno príncipe” de Antoine Saint-Exupéry, chamou-me a atenção a seguinte frase: - “Se você quiser construir um navio, não convoque homens para juntar madeira, dar ordens e dividir o trabalho. Antes, ensine-os a se apaixonar e desejar o eterno e distante mar”. Ah mais que palavra linda... Quero aprofundar mesma a partir da leitura de 1 Coríntios 12.14-15: “Porque também o corpo não é um só membro, mas muitos. Se disser o pé: Porque não sou mão, não sou do corpo; nem por isso deixa de ser do corpo.”

Como já perceberam, sou pastor e, tal como vocês, tenho alguns amigos. Um dia desses, ouvi de um deles: – Você e um pescador e, como tal, deve ajustar-se ao seu emprego. Se algum peixe morde a isca somente de dia, deves pescá-lo de dia. Se outros mordem a isca ao luar, deves pescá-los ao luar. Ah! Vocês sabiam que 95% dos pescadores de alto mar não sabem nadar?...

No nosso mundo vivem mais de seis bilhões de pessoas. Cada uma dela é diferente da outra. Na nossa sociedade massificada, esta singularidade meio que se perde na “poeira”. Aqui e ali ouvimos falar de milhares de mortos numa enchente e ou num terremoto. Lá e acolá observamos dez mil fazendo passeatas. Na televisão vemos não sei quantos mil torcendo num estádio de futebol...

Para nós isso são apenas números da estatística. No entanto, cada uma dessas pessoas tem a sua história; têm os seus relacionamentos; têm os seus planos para a vida. Cada um desses seis bilhões de indivíduos anseia por reconhecimento; sonha com reconhecimento; busca um objetivo que lhe propicie uma razão para viver.

Nunca mais esquecerei daquele amigo, piloto de teco-teco, em Novo Hamburgo – RS. Depois de tentar, por duas vezes, espatifar seu aviãozinho na parede do Morro do Chapéu, em Sapucaia do Sul, acabou pousando e, ali mesmo, no campo de pouso, compôs uma música: “Em mil livros a resposta procurei, a maneira de como proceder, mas resposta nenhuma encontrei, que me desse um alvo pra viver. Confia no Senhor de todo o teu coração, e não te estribes no teu próprio entendimento. Reconhece-o em todos os teus caminhos e Ele endireitará as tuas veredas, a tuas veredas.” (Provérbios 3.5-6)

Para Jesus as pessoas não são números de estatística. Ele ama cada indivíduo em particular e sabe das suas potencialidades. Pedro e André eram pescadores normais (Mateus 4.18), tais como muitos outros da sua época. Se eles não tivessem encontrado a pessoa de Jesus, eles teriam corrido toda sua vida atrás de uma especialização na área de linhas e anzóis e, por fim, teriam sumido dentro desse “mundão” apenas com “experts” na área da pesca. Entretanto Jesus chamou-os de dentro da massa dando-lhes novo sentido, novo conteúdo para as suas vidas. E eles reagiram de forma compromissada.

O nosso Senhor dá a cada pessoa que começa um relacionamento com Ele uma tarefa que tem sentido e que significa alguma coisa. Para cada indivíduo que O ouve, que confia na Sua proposta, há uma tarefa que somente ele pode cumprir melhor. Cada um de nós tem qualidades e características que nos fazem pessoas diferenciadas. Jesus Cristo precisa de nós, dos nossos acentos, das nossas potencialidades para poder, de lá onde se encontra, coordenar os mais variados “projetos de vida”, de serviço, de diaconia, de divulgação da Sua Palavra entre os que nos estão próximos. Juntamente com as tarefas que Ele nos propõe, Ele também nos dá os talentos e os dons necessários para atuarmos no Seu Reino de Paz, Amor, Justiça e Perdão.

Corre por aí um ditado na boca do povo que diz: - “Ninguém é insubstituível!” Isto não está certo! Máquinas podem ser substituídas, homens e mulheres não. Para Deus, você que assumiu um compromisso com Jesus Cristo, é insubstituível. Ele conta conosco e por isso nos chama para que O sigamos, para que O sirvamos, cada uma, cada um com o seu dom. Somos membros diferenciados do Corpo Vivo de Jesus Cristo que não pode, sob hipótese alguma, ser portador de deficiência. Continuemos atuando com alegria e que que Deus nos abençoe!

A Boa Escolha - 1 Coríntios 15.20-28


Do lado da minha casa, em Munique havia um cemitério. Nele havia velhas sepulturas e, entre elas, uma que me chamava muito a atenção. Ela era toda construída com grossos blocos de granito e mármore. Uma senhora que não cria na ressurreição dos mortos foi enterrada ali. No seu testamento estava escrito que os construtores do túmulo deveriam construí-lo de uma maneira que nunca ninguém conseguisse abrí-lo.

Aquela senhora também pediu que se escrevesse uma placa sobre a pedra, com os seguintes dizeres: - “Esta sepultura jamais será aberta”. Vejam só o que aconteceu! Uma pequena semente acabou brotando debaixo daqueles grossos blocos de granito. Ela foi crescendo e, com o tempo, encontrando um caminho entre as rachaduras do túmulo.


Parece mentira, mas a pequena sementinha cresceu e, com força contínua, conseguiu abrir as duas pedras que, por sua vez, racharam para dar espaço ao caule de uma grossa e frondosa árvore. Aquela pequena sementinha se encarregou de abrir o “grande monumento” dedicado ao ateísmo, à falta de fé.

Cada pessoa é um pensamento de Deus. É por isso que cada indivíduo tem a perspectiva da vida eterna. Sim, porque os “pensamentos” de Deus não podem sumir assim, sem mais nem menos, da face da terra. Deus é amor e quer presentear-nos com a vida eterna para que sejamos pessoas muito felizes. Claro, ninguém é forçado a ser cristão. Cada pessoa decide por si mesma se quiser viver ao lado ou longe de Deus, do Pai do Céu.

As pessoas que não crêem em Deus, escolhem um caminho errado porque vêem a Deus como um mentiroso. A sepultura de Munique deixou-me claro que Deus vai cumprir a Sua promessa. A Bíblia diz que no final da nossa história vai haver um julgamento. Que, nesse dia, será mostrado a cada pessoa o lugar onde ela vai permanecer na eternidade. Gente! Deus não é e nunca foi um ditador e é por isso que Ele permite que cada um de nós faça a sua escolha.